segunda-feira, 10 de novembro de 2008

"Destruirei a completamente a memória de Amaleque"

Uma meditação em Êxodo 17.8-16


Então, veio Amaleque e guerreou contra Israel em Refidim. Diante disso, Moisés disse a Josué: “Escolhe alguns dos nossos homens e sai para guerrear contra Amaleque. Amanhã, eu estarei posicionado sobre o topo da colina, com a vara de Deus em minha mão”.

Assim, Josué guerreou contra Amaleque, conforme Moisés lhe ordenou. E Moisés, Arão e Hur subiram ao topo da colina. Quando Moisés erguia a sua mão, Israel prevalecia, mas quando a abaixava, Amaleque prevalecia. Ora, as mãos de Moisés ficaram cansadas. Então, tomaram uma pedra, colocaram debaixo dele e se assentou sobre ela. Arão e Hur sustentavam as suas mãos, um de um lado e o outro, do outro. Assim, as mãos de Moisés ficaram firmes até o pôr do sol. Deste modo, Josué derrotou Amaleque e seu povo ao fio da espada.

O SENHOR disse a Moisés: “Escreve isto num livro, como memorial e declara a Josué que eliminarei completamente a memória de Amaleque debaixo dos céus”. Moisés construiu um altar e declarou Seu nome: “O SENHOR é a minha bandeira”. E disse: “Por causa da mão levantada contra o trono do SENHOR, haverá guerra da parte do SENHOR contra Amaleque, de geração a geração”.

O texto de Êxodo 17.8-16 traz consigo implicações práticas para a igreja moderna. Primeiramente, ensina a presença de Deus na vida de Seu povo, em meio às situações difíceis e adversas. Quando se viram atacados pelos amalequitas, tanto Moisés quanto Israel recorrem à ajuda divina, simbolizada pela vara de Deus. Yahweh é quem provê o livramento deles diante da oposição dos inimigos. Portanto, a salvação de Israel não residia em sua própria capacidade, nem precisaria desesperar-se perante um ataque repentino, mas deveria colocar sua confiança no Senhor e esperar dele a vitória.

Da mesma forma, quando cristãos enfrentam circunstâncias difíceis e não encontram forças para lidar com elas, necessitam buscar a ajuda e suficiência em Deus, crendo em Seu poder para capacitá-los a passar pelas provas e tribulações. Não é a sabedoria nem habilidade humanas que proporcionam suporte para a igreja encarar os momentos difíceis, porém, Deus promete estar com os seus e proporcionar Sua graça cuidadora, quando estes o buscam e confiam nele (Js 1.7-9; 2 Co 1.3-5; 12.7-10; Fp 4.10-13).

A passagem ressalta, também, a ira de Deus sobre os que se opõem à sua santa e soberana vontade. Yahweh derrota Amaleque porque, antes de tudo, sua ação foi contra o próprio Deus. Hoje em dia, infelizmente, há uma má compreensão do caráter de Deus. Ressalta-se demasiadamente Sua graça e se perde a perspectiva que Ele, também, é “fogo consumidor” (Hb 12.29). Deus promete vingar-se daqueles que desobedecem os seus princípios, inclusive crentes em Cristo (1 Ts 4.6). O autor de Hebreus lembra que Deus julga seu povo e terrível coisa é cair nas mãos dele (Hb 10.26-31). Como Pai que ama o filho, Deus disciplina Sua igreja, a fim de aperfeiçoá-la em santidade (Hb 12.5-11).

Esta dupla perspectiva da graça e justiça de Deus devem orientar os discípulos de Cristo, conduzindo-os à dependência de Sua presença e cuidado, e a uma vida em submissão à Sua soberania e santidade.

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