segunda-feira, 14 de abril de 2008

O textus receptus é o texto original?


Tem-se divulgado alguns folhetos, ultimamente, indicando a NVI como texto do diabo, simplesmente, por seguir o texto crítico, utilizando uma abordagem eclética textual e não uma abordagem unilateral erasmiana. Tais pessoas, fazem questão de colocar seus títulos na frente dos nomes, dando a entender que são pessoas cultas e profundos conhecedores de teologia. Como se isso intimidasse qualquer participante da comissão de tradução da NVI, na qual muitos membros são Ph.D.

O texto dessa gente mais confunde que esclarece o leitor da Bíblia, pois a maioria dos leitores evangélicos-protestantes não entendem nada de crítica textual e não compreenderão a discussão que está em foco.

Quero apenas fazer uma observação, a priori. Num de seus artigos "Expondo os erros do Prof. Carlos Oswaldo Pinto", dizem que o Texto Crítico (usado pela NVI e qualquer teólogo que se presta a fazer exegese utilizará tal texto) fora editado por incrédulos. Agora, esse pessoal que se mostra tão contrário aos romanistas, esquece que Erasmo de Rotterdam, editor do Textus Receptus, não era protestante e se negou a participar da Reforma que Lutero propunha, o que implicaria, na visão deles, num editor incrédulo. Editor do texto grego que eles tanto defendem.

De mais a mais, haja tempo pra escrever tanta picuinha tola em tantas páginas.

Por isso, continuo usando a NVI em minhas exposições como uma tradução fidedigna dos manuscritos gregos.

5 comentários:

Anônimo disse...

Oi Abdalla!!
Nossa que legal ler o teu blog!Fiquei super feliz de ver quanta sabedoria o Senhor tem te dado!Estava a procura de algumas fontes paraum trabalho que preciso fazer e de repente encontrei um link com o teu nome...fiquei surpresa e muito alegre!Glória a Deus por tudo o que Ele fez e fará por nós.
Um grande abraço meu e continua firme nos caminhos do Senhor.
Mônica Regina (irmã da Jú Regina,do PV - assim é mais fácil lembrar de mim rsrs)

Anônimo disse...

Falou falou e não falou nada.

Tiago Abdalla disse...

Anônimo,

realmente, para quem não entende nada de história da igreja e de crítica textual, eu "falei e não falei nada". Que tal estudar pouco mais a respeito do período do renascentismo, reforma protestante e, também, sobre o processo de transmissão dos textos?

Tiago Abdalla disse...

Oi Mônica!

Valeu pelo incentivo e pela visita ao blog!

Um grande abraço pra você tbm e que Deus a abençõe ricamente!

Thomas Tronco disse...

Tiago,

É interessante como esse pessoal que defende o TR e a KJV como textos inspirados, além de desconhecer o que é "crítica textual", gosta de escrever "anonimamente". Falam do que não entendem e se escondem atrás de "iniciais" em sites ditos "fundamentalistas" na internet. Na verdade eles sequer sabem o que é o fundamentalismo.

Um abração.

Thomas

Marcadores