sábado, 6 de setembro de 2008

O PODER DO REINO E A GLÓRIA DO REI
Parte 2

5 Então Pedro disse a Jesus: “Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias”. 6 Ele não sabia o que dizer, pois estavam apavorados.7 A seguir apareceu uma nuvem e os envolveu, e dela saiu uma voz, que disse: “Este é o meu Filho amado. Ouçam-no!
8 Repentinamente, quando olharam ao redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus.

A SUPREMACIA DO REI CONFIRMADA POR DEUS – vv. 5-8

Pedro, mais uma vez, entra em cena. Havia confessado a identidade Salvadora e Divina de Jesus com uma percepção dada pelo próprio Deus, recebendo assim, o louvor do Mestre (Mc 8.29; cf. Mt 16.16-17). Porém, logo depois, não admite a necessidade da morte de Jesus como o Salvador e é repreendido por não compreender e aceitar as coisas de Deus (Mc 8.32-33). Aqui, os três discípulos se encontram assustados. Foram tomados pelo medo com a cena gloriosa que presenciaram.

Mesmo sem saber o que dizer, Pedro propõe a Jesus: “Ah! Esse momento é especial demais! Vamos fazer três cabanas, uma para você, outra para Moisés e uma outra para Elias”. Assim, ele coloca todos os três em pé de igualdade. Jesus é mais um grande servo de Deus como foram Moisés e Elias. Mas, algo acontece. Do mesmo modo como Deus manifestou a Sua presença no livro de Êxodo, sobre o Monte Sinai e no tabernáculo, por meio de uma nuvem, assim ocorre nesta história (Êx 19.16; 24.15-18; 40.34-38). A nuvem vem e envolve a todos, de modo que os discípulos mal conseguem enxergar.

O próprio Deus fala da nuvem: “Este é o meu Filho amado. Ouçam-no”. Aqui há uma lembrança do que ocorrera quando Jesus fora batizado no Jordão, quando Deus declarou Jesus como o Seu o Seu Filho amado. Esta afirmação fazia parte de um Salmo Messiânico (Sl 2.7), que anunciava o reino futuro do rei de Israel estendendo seu governo sobre todas as nações da Terra. Portanto, a declaração de Deus quer ressaltar aos discípulos, o caráter Supremo de Jesus que deve ser ouvido acima de Moisés e Elias. “... Ouçam-no” (v. 7), evoca o texto Deuterômio 18.15, o qual predizia a vinda do profeta que, assim como Moisés, revelaria a vontade e caráter de Deus. Pedro reconhecerá Jesus como o cumprimento desta profecia em Atos 3.22.

Jesus é Rei e Sua palavra deve ser obedecida. Ele deve ser ouvido acima de qualquer outro grande homem de Deus da história. A supremacia de Jesus é ainda mais nítida quando os discípulos olham ao redor e encontram apenas Jesus. Enquanto Elias e Moisés se vão, Jesus permanece. Ele é o ápice e cumprimento da revelação de Deus proclamada pelos santos do passado. Ninguém mais pode ser comparado a Ele.

Há alguém mais que recebe de nós o respeito e atenção no mesmo nível que Cristo em nossas vidas? Existe alguém cuja palavra tem quase autoridade divina para nós, mesmo diante de situações que quebram mandamentos ou vão contra a sabedoria de Deus?

Será que há objetos, afazeres ou pessoas que competem com nossa lealdade exclusiva a Cristo? O que nos interessa mais: agradar a Cristo ou aos amigos? O sucesso no trabalho ou o tempo com Cristo e Seu Corpo? O tempo na Internet ou o momento a sós com nosso Senhor?

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